12/13 anos

Memória descritiva “Roupas usadas não estão acabadas” “Criar com Estilo” “ Eco-Escolas em tecido” No âmbito do projeto do Eco Escolas, foi-nos apresentada pelos professores responsáveis pelo Eco- Escolas, a proposta em participar na 11ª Edição do projeto “Roupas Usadas Não Estão Acabadas”. O desafio foi aceite com entusiasmo, pelo facto de sabermos como é importante chamar a atenção de toda a comunidade, através da comunidade escolar, do desperdício têxtil instalado na sociedade de consumo em que vivemos, evitando assim, que eles se tornem resíduos poluentes em aterros sanitários. E como é possível do velho trapo, transformar com criatividade e fazer renascer algo novo e utilitário de forma a minimizar o problema em questão e contribuir para um futuro mais sustentável. Para iniciar o projeto, foi necessário fazer uma sensibilização à comunidade escolar, de forma a contribuir e a participar no projeto. Foi difícil conciliar os horários dos alunos, dos professores e dos funcionários da escola para concretizar o projeto, mas com muito esforço e perseverança foi possível ultrapassar dificuldades e criar um pequeno grupo de trabalho, de forma a participar nesta iniciativa. Participaram no projeto quatro elementos da comunidade educativa: uma aluna do 6ªano de escolaridade, com doze anos de idade, duas auxiliares da ação educativa e um professora da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, responsável pela Oficina de Cerâmica na escola. Foi por unanimidade que se escolheu, a representação da entrada principal da escola, espaço esse que se identifica, de imediato, com a Vila de Caneças, uma vila com muita história e com um rico património cultural. Um dos painéis de azulejo, à entrada da escola, representa como era o quotidiano do povo de Caneças há muitos anos atrás. O segundo painel de azulejo identifica o primeiro nome da escola e também a tradição, a alegria e o orgulho do povo, através da representação da fonte de Caneças. Depois da recolha de diversos tecidos das roupas usadas, de restos de tecidos e de outros elementos reutilizáveis, foram selecionados de forma criteriosa os padrões dos tecidos, adequados a aplicar. A copa da árvore, macieira, à entrada da escola, foi aplicado um tecido padronizado com lápis de diversas cores, que representam os troncos da árvore e também simboliza o conhecimento, a escrita, o desenho. Sobre um dos troncos da árvore foi colocado um pequeno mocho em metal (de uma velha mala) que nos remete para uma forma simbólica da sabedoria. Um coração verde entre as folhagens das árvores, que representa a esperança de um futuro risonho para os jovens estudantes da escola. Na realização do trabalho final e na sua composição foram utilizadas diversas técnicas: técnica do recorte do tecido com tesoura, técnica de costura simples (ponto de alinhavo), como coser um botão, técnica de colagem de tecido. Relativamente à composição do trabalho, a preocupação foi criar algo inspirado na imagem da paisagem escolar escolhida e não uma simples reprodução. Houve a preocupação de aplicar cores e padrões contrastantes a realçar os elementos a representar. Foi, sem dúvida, o empenho e a criatividade de todos os envolvidos que levou ao resultado final do trabalho apresentado. A professora coordenadora deste projeto Martinha Soares