Escola EBI Gualdim Pais (Pombal)

Escalão: 2º Escalão: 2.º e 3.º Ciclos, Ensino Secundário, Profissional e Superior

Aves em tecido

Idade:

11 anos

Memória Descritiva:

O projeto foi coordenado pela professora Cláudia Alves (coordenadora da Eco Escolas) depois de ter sido analisado e abordado em conjunto com a professora Anabela Santos. O regulamento do concurso foi divulgado nas turmas do 7.ºC (21 alunos) e D (19 alunos) e 5.ºA (28 alunos) nas aulas presenciais do 2.ºperíodo, sensibilizando os alunos para a participação no projeto em nome da escola EBl Gualdim Pais. A professora Anabela Santos analisou em conjunto com os alunos os critérios de participação e discutiram-se algumas sugestões ao nível das técnicas e procedimentos dos trabalhos. Após a inscrição da nossa escola na plataforma Eco-Escolas, pela coordenadora, os alunos começaram por apresentar as suas ideias e, em conjunto com a professora de Educação Visual e nas aulas de Educação Estética e Artística, procuraram encontrar soluções através de novas técnicas e recursos materiais, dando primazia à recuperação e reciclagem dos mesmos, selecionando sobretudo roupas e tecidos em fim de uso. Após a transição para a modalidade de ensino à distância, a docente de Educação Visual reforçou a informação no âmbito deste projeto e partilhou com os alunos algumas ideias e material necessário para os mesmos se inteirarem. Assim, os alunos deram início ao trabalho, individualmente, com o tema “Aves em tecido”: realizaram trabalho de pesquisa acerca da ave que gostariam de representar, tendo em conta as aves autóctones da região, ou que estabelecem nesta zona a sua rota migratória. Posteriormente, procuraram nas suas casas tecidos e outros tipos de materiais que já não usavam e que, por quanto, teriam oportunidade de lhes dar uma nova vida. O passo seguinte foi, de acordo com o regulamento, fazerem um esboço do seu projeto, e decidirem as técnicas a utilizar. Ao mesmo tempo que desenvolveram as suas ideias, foram-nas partilhando com a professora, e, quando regressaram ao ensino presencial, concluíram, já em sala de aula, o mesmo. Todos os trabalhos foram sujeitos a análise criteriosa tendo o trabalho do Francisco Franco Fernandes, de 11 anos de idade, sido aquele que melhor representava a ideia de projeto e por isso foi selecionado e levado a concurso, de acordo com o definido no regulamento do mesmo. A pesquisa sobre as aves que são autóctones ou incluem a região nas suas rotas migratórias, o planeamento do projeto, assim como a seleção dos materiais, a preparação do suporte A3 e as técnicas a utilizar, foram desenvolvidas em aulas síncronas, dada a situação de confinamento. Assim, e após as informações dadas pela coordenadora da Eco Escolas, o aluno iniciou o projeto em casa, mas sempre com o acompanhamento, à distância, da professora de Educação Visual. A este propósito, foram trocadas fotografias de todas as fases e de todos os elementos a incluir no projeto, recorrendo-se frequentemente à troca de mensagens escritas e visuais e a videoconferências através do Messenger e da plataforma Zoom, entre ambos. Foram utilizados resíduos têxteis, roupas usadas e outros retalhos, botões, linhas, paus, na construção da maioria das formas decorativas, aplicadas num suporte A3 de tecido. Para a elaboração da ave foi desenhado um molde pelo aluno, tendo-se usado diferentes tipos de tecidos para as diferentes partes que a constituem. Foram utilizadas diferentes técnicas de expressão e de procedimentos na realização do projeto final: técnicas do desenho, recorte, costura e colagem. O aluno referiu que teve uma pequena ajuda da mãe (encarregada de educação) para afinar os cortes de alguns elementos/formas em tecido. A professora de EV conseguiu acompanhar regularmente o trabalho do aluno, que se mostrou sempre muito recetivo a sugestões, empenhado, motivado e entusiasmado com o resultado que ia obtendo, partilhando, em simultâneo, um sentimento de satisfação face ao trabalho: “adorei realizar este trabalho”. Pode considerar-se que, apesar das atividades terem sido iniciadas à distância, num ambiente familiar e doméstico, o resultado deste concurso teve um impacto altamente positivo e promoveu o desenvolvimento de competências das áreas do Perfil do Aluno nomeadamente ao nível da responsabilidade, autonomia, espírito crítico e criativo. A professora Cláudia Alves, coordenadora da Eco-Escolas, foi monitorizando o trabalho através do diálogo com a professora Anabela Santos e serviu de intermediária na atualização das informações respeitantes ao concurso, bem como nos contactos efetuados entre as entidades responsáveis. Pode concluir-se, também, que o projeto desenvolvido teve um impacto positivo na educação cívica da/dos aluna/alunos, uma vez que estimulou a consciencialização para a temática da reciclagem/recuperação e reutilização de materiais, e conhecimento das aves que se encontram na região.