Escola Básica Dr. Fortunato de Almeida (Nelas)

Escalão: 2º Escalão: 2.º e 3.º Ciclos, Ensino Secundário, Profissional e Superior

Roupas usadas e em fim de vida não são lixo, até podem tornar-se arte.

Idade:

As idades dos alunos estão compreendidas entre os 10 e os 13 anos.

Memória Descritiva:

O desafio inserido na programação do projeto Eco escolas, que a nossa escola abraça desde há muito, foi lançado a todos os alunos do 5º ano, 62 no total, com as idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos, na disciplina de História e Geografia de Portugal, consubstanciando a articulação em torno do domínio curricular “Portugal no séc. XIII” e os domínios previstos na Estratégia de Educação para a Cidadania na Escola “Desenvolvimento sustentável” – “Educação ambiental” e as atividades de enriquecimento alinhadas com o currículo disciplinar “Ler estórias com História”. Pretende-se, na intimidade que é o ato de ler, desenvolver o gosto pela leitura e de modo particular pela disciplina, levar a aprender de outras maneiras e de forma lúdica, possibilitar uma melhor contextualização dos domínios estudados, comunicar o conhecimento adquirido, utilizando linguagens e suportes diversos. A partir da leitura do capítulo “Notícias sobre falcões” da obra “Uma Visita à corte do rei D. Dinis” de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, abriram-se os caminhos de pesquisa. Os vestígios e documentos sobre a falcoaria mostram que se tratava de um desporto aristocrático (nobreza), do qual participavam reis e outros membros poderosos das cortes. O costume possui forte tradição em Portugal, introduzido no território do Al-Andalus pelos berberes durante o domínio muçulmano, antes da fundação da nacionalidade, mas surgiu na Mongólia, onde até hoje é praticada por tribos nativas. A falcoaria entrou para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da UNESCO em 2010. Depois, a resposta ao desafio. Roupas usadas e em fim de vida não são lixo, até podem tornar-se arte. Vestir uma ave era o trabalho a fazer, que representa a aquisição de outras competências, de outros saberes, o desenvolvimento de outras capacidades, a materialização de valores e atitudes com impacto no futuro, esperamos, quando chegada a hora de se tornarem agentes e construtores de um mundo mais sustentável, que promova a melhoria da qualidade de vida e que atenda às necessidades de forma justa e pacífica. O entusiamo de alguns alunos foi contagiante. A adesão dos pais e encarregados de educação, nota muito positiva visível noutros projetos desenvolvidos, é sempre garantia de presença, de cumplicidade, de acompanhamento, de diálogo intergeracional de aprendizagens com sucesso. Pesquisar, planear, reunir materiais, modelar, executar, cortar, coser, colar, fotografar, enviar, colocar as fotos nas plataformas digitais em uso… etapas de um processo que conduziu ao produto final. Estes e outros trabalhos realizados que promoveram a educação para a sustentabilidade foram expostos no átrio da escola no Dia Internacional da Diversidade Biológica (22 de maio). Andorinhas sobre "t-shirt" que a irmã mais nova poderá vestir, porque a irmã mais velha cresceu, aves sobre tecidos que serão almofadas, molduras decorativas da parede dos recantos onde se estuda, … experiências que valem e cumprem objetivos educativos. Alunos participantes: 2.º Escalão – 2ºCiclo 5º A Ana Carolina Pais Monteiro Beatriz Boldt 5º B Dinis Loureiro (Trabalho ainda não entregue) Santiago Garcia Morgado 5ºC Camila Loureiro Maria Pedro Morais Valentim Fidalgo 3.06.2021 Profª HGP - Lúcia Ribeiro