Colégio Senhor dos Milagres (Leiria)
Escalão: 2º Escalão: 2.º e 3.º Ciclos, Ensino Secundário, Profissional e Superior
O chapim azul de Leiria
Idade:
13
Memória Descritiva:
Outrora uma das manchas florestais mais importantes
do país, supostamente mandado plantar pelo rei D.
Dinis, o pinhal de Leiria encontra-se hoje muito
alterado: incêndios, cortes de árvores e proliferação de
espécies exóticas estão entre os factores que mais
contribuíram para transformar este importante pinhal
num conjunto de pequenos pinhais dispersos, que
alternam com talhões de matagais, eucaliptais e acaciais.
Ainda assim, dada a reduzida ocupação humana, esta
zona permite tomar contacto com algumas espécies que
são pouco comuns no litoral centro.A localidade de São Pedro de Moel serve de ponto de partida para a exploração da
área. Este local é composto por diversos arruamentos com habitações entre as
quais existe uma mancha arbórea e arbustiva bem desenvolvida. Aqui é possível
observar espécies como o chapim-real, o chapim-azul, a trepadeira-comum, o
melro-preto, a alvéola-branca ou o pisco-de-peito-ruivo. Trata-se sobretudo de
espécies comuns mas, como acontece frequentemente em zonas habitadas,
algumas destas aves são aqui mais fáceis de observar, uma vez que são mais
tolerantes à presença humana. Junto à praia desta localidade pode observar-se a
gaivota-argêntea.
Chapim-azul
Cyanistes caeruleus
Apesar das suas pequenas dimensões, estamos na presença de uma ave
destemida, que se movimenta por entre os ramos das árvores mesmo sobre as
nossas cabeças.
Trata-se de uma das mais coloridas espécies na nossa avifauna florestal. A cabeça
possui um barrete azul, lista ocular preta e a face branca, enquadradas por um colar
preto conferindo-lhe uma máscara facial, típica de alguns chapins. O peito e o
abdómen são amarelados, enquanto o dorso é cinzento-azulado. Mexe-se
freneticamente pelo meio da folhagem, pelo que nem sempre é fácil apreciar o
padrão cromático.