A casa de colmo típica de Santana é uma das imagens de marca da Região Autónoma da Madeira, sendo divulgada em inúmeros cartazes turísticos promocionais em todo o mundo. Calcula-se que as casas de colmo sejam vestígios das construções primitivas, feitas de madeira e colmo. A utilização destes materiais, nomeadamente a madeira, deve-se à sua abundância, fácil aquisição e ao facto de ser pouco dispendioso à luz da época. O cultivo de cereais, como o trigo e o centeio, para além de proporcionar sustento à população, permitia o aproveitamento da palha (colmo) para a cobertura das habitações, por conseguinte, podemos afirmar que estas casas eram, sobretudo, as habitações de pessoas humildes, normalmente agricultores que não tinham posses para adquirir materiais considerados mais nobres. A escolha deste ícone para representar a região, resultou do trabalho desenvolvido por dez alunos do 8º ano, da turma 7, na disciplina de Educação Tecnológica, na unidade temática relativa aos têxteis. Este trabalho iniciou-se com uma pesquisa na net sobre os ícones representativos da região. Após recolha dos diversos ícones, os alunos em grupos de dois, procederam à escolha de um ícone e elaboraram o respetivo projeto, no qual, além da representação do ícone, apresentavam a justificação da escolha do mesmo e de cada um dos materiais a ser utilizado. Finalizados os diversos projetos, passou-se à escolha do qual seria o representante da escola no concurso, tendo a casa de colmo ganho. A escolha dos tecidos e respetivas cores teve como objetivo representar a região para além da figura da casa de colmo. Assim, o tom cinzento da base pretende representar o calhau rolado, típico da calçada madeirense; a cobertura (teto) da casa executado em couro e não em colmo (não era viável de acordo com as indicações do regulamento, pois não se conseguiu uma colocação da mesma, de forma segura e duradoura) representa a bota chã do traje típico do folclore madeirense – traje de vilão/viloa, bem como a escolha das cores vermelhas e verdes, caraterísticas do colete ou corpete do traje de viloa. Para finalizar, o puxador da porta, foi executado num ponto do bordado da Madeira designado de granito. Os materiais utilizados foram na maioria tecidos em fim de vida, no entanto, também foi incluído restos de couro e restos de feltro, obtidos junto de artesãos locais.