EBI/JI de Pias (Serpa)

Categoria: Vestuário

Escalão: 2.º e 3.º Ciclos

Memória descritiva:

A turma P.I.E.F. da Escola Básica de Pias (Agrupamento nº1 de Serpa) é composta unicamente por alunos de etnia cigana. As alunas que a integram têm um grande interesse por moda e têm uma forma muito particular de vestir, quebrando regras e a monotonia. O desafio foi, por isso, proposto a esta turma, esperando que a originalidade e o dramatismo desta etnia fossem expressos nos modelos criados. “O Design” foi o ponto de partida para a participação da turma no concurso “Roupa usada, não está acabada”. Depois de verem uma apresentação sobre o Design, em geral, e o Design de Moda em particular, deu-se início à motivação para a realização do projeto. Foram analisadas revistas de moda e fotografias online sobre vários eventos recentes, nacionais e internacionais. Os alunos abriram o saco de tecidos enviado para a escola e procederam à sua separação por cor e textura. De seguida, os alunos desenharam os esboços. Dos trabalhos obtidos, foi selecionado um esboço que se passou a concretizar. O seu autor é o aluno Manuel Carapinha e consiste num coordenado de Top e Saia, influenciado pelo recente Baile de Gala do Metropolitan Museum of Art, cujo tema foi a China. Foi ainda escolhida a modelo que o iria apresentar, a aluna Hélia. Contudo, a aluna não compareceu no dia da sessão fotográfica e teve de ser substituída pela aluna Sara, do nono ano. Foram feitas medições e o top foi construído e alinhavado na própria modelo, enquanto o Manuel compunha a saia em cima de tiras de plástico autocolante. Depois de duas provas, o top foi cosido e foram-lhe aplicados elementos decorativos de almofadas, para rematar costuras e para dar o ar exótico pretendido. Entretanto, as auxiliares de ação educativa trouxeram a sua máquina de costura e ajudaram na confeção da saia. Depois de cosidos todos os retalhos, os alunos recortaram o plástico autocolante que sustinha o tecido. Mais uma vez, a saia foi montada na modelo. Foram feitos acertos e as duas partes da saia foram cosidas à mão. Foi colocado um remate de cortinados para esconder imperfeições do tecido no cós da saia. Foi ainda aproveitado um velho colar para criar uma bijuteria que combinasse com o conjunto. Na parte de trás do colar colaram-se velhos componentes de cartuchos de caça (pintados numa das cores do vestido) e pequenas borlas de fio de seda.